sábado, 20 de junho de 2009

A Quarta Linguagem do Amor: Formas de Servir

Baseado no Livro "As Cinco Linguagens do Amor", de Gary Chapman.

Estas formas de servir podem ser as mais variadas possíveis, tais como preparar uma boa refeição, pôr uma mesa bem arrumada, lavar a louça, passar o aspirador, arrumar a cômoda, limpar o pente, tirar os cabelos da pia, remover as manchinhas brancas do espelho, lavar o carro, levar o lixo para fora, trocar a fralda do bebê, pintar o quarto, aspirar a estante, limpar a garagem, cortar a grama, tirar o mato do jardim, levar o cachorro para passear, enfim, todas formas de serviço. Para que sejam realizadas é necessário pensar, planejar e executar (dispêndio de força e energia). Se feitas de forma certa, são incontestáveis expressões de amor.

Vamos tentar uma coisa. Quero que cada um de vocês façam uma lista de 3 ou 4 pedidos que gostaria que o conjuge fizesse de forma a levar vocês a se sentir amado. Vamos dar 5 minutos para essa tarefa. Você pode realizar os pedidos de seu conjuge? Saiba que você não é obrigado, porém, se as realizar, serão comunicadas como expressões de amor!

É importante fazer três observações. Primeira, o que fazemos um para o outro antes do casamento, não é garantia de que continuaremos a fazê-lo depois de casados. Antes do matrimônio somos levados pela força da paixão. Após o casamento, voltamos a ser as pessoas que éramos antes de nos apaixonarmos. Nossas ações são influenciadas pelo modelo de nossos pais, nossa própria personalidade, nossa percepção do amor, nossas emoções, necessidades e nossos desejos. E isso me leva à segunda verdade: Amor é uma decisão, e não pode ser coagido. A partir do ponto em que decidiram fazer pedidos um ao outro, e não cobranças, o casamento tomou outro rumo. Críticas e cobranças não levam a lugar algum. O excesso de cobranças pode até levar um cônjuge a concordar com o outro. Ele (ela) pode fazer as coisas do modo dela (dele) mas, muito provavelmente, aquela não será uma expressão de amor. Cada um de nós decide diariamente amar ou não nossos cônjuges. Se escolhermos gostar dele, então a expressão desse amor da forma que seu cônjuge solicita, torná-lo-á mais efetivo em termos emocionais. Há uma terceira verdade, que somente é ouvida pelos amantes mais maduros. As críticas de meu cônjuge sobre meu comportamento, fornecem-me dicas “quentes” a respeito de sua primeira linguagem do amor. As pessoas tendem a criticar mais seus cônjuges na área em que eles mesmos têm suas mais profundas necessidades emocionais.

Capacho ou Amante? Um capacho é um objeto inanimado. Você pode limpar seus pés nele, chutá-lo, colocá-lo de lado, ou fazer qualquer outra coisa que deseje. Ele não tem vontade própria. Pode servir a seu dono, mas não amá-lo. Quando nós, homens, tratamos nossas esposas como objetos, excluímos a possibi¬lidade de receber amor. Manipulação que utiliza a culpa (“Se você for realmente uma boa esposa, fará isso para mim”), não é uma linguagem do amor. Coação pelo medo (“Acho melhor você fazer isso para mim, senão se arrependerá”) também não tem nada a ver com o amor. Ninguém deve ser capacho. Temos a habilidade de tomar decisões e de agir. Usar ou manipular outras pessoas não é um ato de amor, mas de traição.

Superando os Estereótipos. O aprendizado da linguagem do amor “Formas de Servir” implica que examinemos nossos estereótipos dos papéis de esposo e esposa. Um marido faz o que a maioria dos maridos realiza normalmente. Seguem o modelo dos papéis assumidos pelos pais. Porém, nem isso se realiza direito. Não resta a menor dúvida de que não é usual um marido ser ver limpando a casa nem trocando as fraldas do bebê. Ainda bem que para alguns maridos ter boa vontade em quebrar o seu estereótipo ao perceber como essas coisas eram importantes para a esposa. Saibam: isso será necessário para todos nós se a primeira linguagem do amor de nossos cônjuges solicitar algo que pareça inadequado a nosso papel. Devido às mudanças sociológicas dos últimos trinta anos, não há mais um estereótipo comum dos papéis do esposo e da esposa na sociedade moderna. Isso não significa, contudo, que todos os estereótipos tenham desaparecido, mas que o número deles multiplicou. Sejam quais forem suas percepções a respeito, é muito provável que seu cônjuge possua expectativas diferentes a respeito dos papéis conjugais. E necessário “vontade política” para examinar e mudar estereótipos, e assim expressar amor de forma mais efetiva. Lembre-se, não há recompensas para se manter esses estereótipos; por outro lado, há benefícios tremendos em atender às necessidades emocionais de seu cônjuge.

Se você quiser mudar para o bem de seu conjuge a atitude a tomar será simples, mas não será fácil. Teremos que trabalhar duro para quebrar o estereótipo com o qual convivemos a muito tempo. Não será “do dia para a noite”, mas ele com certeza poderá dizer que aprender a primeira linguagem do amor de seu conjuge, e decidir-se por utilizá-la, fará uma diferença tremenda no clima emocional de seu casamento.