sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quem namora quer casar?

Por Raimundo Barreto.


Pode parecer estranho, mas a Bíblia não menciona uma única vez a palavra "namoro". Mas então, como eles faziam? Na época bíblica eles se "prometiam" em casamento e simplesmente casavam-se. Mas hoje em dia, temos várias "etapas", iniciando com o namoro, noivado e, por fim, o casamento. Mas então, qual é o objetivo do namoro? Uma resposta simples é se conhecerem. Mas para quê? Para se casarem. Não faz parte da lógica bíblica o "ficar só por ficar", ou o "se dar bem", ou o "pegar todas" ou "só quero sexo e nada mais". Quem tem esse comportamento é egoísta, narcisista (aquele que cultua a si mesmo), só quer o seu "prazer" e não se importa com sentimentos dos outros. Além disso, não pensa em família. Não pensa que sexo é só depois do casamento, pelo menos esse é o propósito de Deus. Quando Deus disse "por isso deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher" ele está dizendo exatamente isso, ou seja, sexo só depois do casamento. O "deixar pai e mãe" quer dizer casamento. O "unir" quer dizer relacionamento sexual. Sexo é bom, mas é um "prêmio" reservado para os casados. As coisas são simples, mas sempre queremos complicar! Queremos nos antecipar e o resultado nunca é bom, pelo contrário, e por incrível que pareça, é mais vazio e solidão.

O objetivo do namoro não pode ser outro que não seja o casamento. Mas qual o tipo de pessoa que geralmente procuramos? Usualmente são aqueles de boa aparência física. Homens só querem namorar com mulheres de corpo perfeito. As mulheres só querem namorar com homens "sarados". Infelizmente, as feições físicas não são garantia de que o casamento vai ser bom. Nada contra casar com pessoas bonitas, não é essa a ideia, mas a felicidade no casamento certamente não estará na beleza física. Mesmo porque, a beleza física não é eterna. Se você casar só por causa disso, daqui a alguns anos você vai se decepcionar, principalmente porque as pessoas engordam, aparecem as rugas, seios caem, as vezes surgem manchas na pela, e por aí vai.

O objetivo não é apresentar um conjunto de regras, mas durante o namoro algumas observações devem ser feitas: ele(a) trabalha? Estuda? Honra os pais? É gentil? É bondoso(a)? É carinhoso(a) sem ser inconveniente? É educado(a)? Tem sensibilidade? É respeitoso(a)? Te ajuda nos teus sonhos? É fiel à Deus e a você? É uma pessoa de caráter elevado? Mente? É explosivo(a) e fisicamente violento(a)? É impaciente? Demonstra interesse por coisas espirituais? Quer fazer sexo antes de casar? Tem atitudes e/ou conversas de imoralidade sexual? Vocês têm os mesmos objetivos de vida? Você está apaixonado(a) só pela beleza física? Faz parte da mesma crença religiosa? Oram juntos? Você confia nele(a)? É teu(tua) amigo(a)?

Resumindo, namorar faz parte da sociedade atual. Não tenho nada contra o namoro, muito pelo contrário, mas desde que seja feito segundo o padrão de quem criou o casamento e a família, ou seja, do próprio Deus. O padrão a ser seguido no namoro está sim escrito na Bíblia.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Deixará o homem seus pais e unir-se-a a uma estranha?

por Saulo Queiroz.

Lembro-me há uns anos atrás, quando ainda era solteiro, um colega de trabalho casado dizer para mim que no casamento a mulher é uma "estranha". "Não é tua mãe ou pai, nem teu filho, é uma estranha com quem tu dorme e acorda, mas não tem relação nenhuma contigo", dizia ele. Igual a ele muitos não conseguem ver diferente e a razão é a mesma: possuem uma noção de casamento contrária àquela estabelecida pelo próprio dono da definição de casamento. Ensinou Jesus "Mas desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne; assim já não são mais dois, mas uma só carne. Porquanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem" Marcos 10:6-7.

Contrariando a essência da definição original de casamento cada geração que passa vê no casamento uma das mais fracas instituições familiares, quando ela devia ser a mais forte. Á exceção dos casos em que um ou ambos cônjuges são irremediavelmente danosos à alma um do outro (exemplos pontuais 1 Coríntios 7:13-14; Mateus 5:32), o casamento deveria ser sempre encarado como a mais importante relação familiar de um ser humano. No entanto, muitos parecem não pensar assim. Há quem julgue ou aja como dando mais importância ao seu relacionamento com pai/mãe do que com a esposa. "Meus pais são sangue do meu sangue", pensam eles. Outros dizem "meu filho/filha é mais importante que tudo pra mim", colocando assim o cônjuge em plano secundário em relação a outros familiares. Tudo isso são visões gravemente distorcidas daquilo que deveria ser casamento. Quem não consegue enxergar no seu cônjuge o familiar mais importante acima de pais e filhos, está mutilado e totalmente privado de sentir.

Se um homem (mulher) não consegue enxergar numa mulher (homem) alguém com quem possa estabelecer um relacionamento familiar mais forte do que com pais ou com futuros filhos, então esse alguém não devia nem "se juntar" com outrem posto que nada o faria saborear a dádiva divina do casamento tal como graciosamente instituído por Deus para os homens. Ou seja, esse alguém não é apto para casar conforme a definição de Deus e, mesmo que case, não será casado (pelo menos não pela ótica daquele que inventou esse negócio) pois não tem o requisito fundamental. Ao colocar o relacionamento familiar com o cônjuge atrás de qualquer outro tais acabam por negar aquilo que julgam ser mais importante, caindo assim numa contradição.

Se alguém diz "meus pais são sangue do meu sangue, mas minha cônjuge não é, por isso é menos importante." Contudo esse alguém esquecesse de reconhecer que a mãe dele não veio do pai e vice-versa. Da mesma forma seu filho não nasce senão de uma "estranha" que nem o gerou nem por ele foi gerada. Sendo assim, no final das contas, o equilíbrio só vem quando os cônjuges entendem que estão formando uma nova família e que essa é mais importante pra eles que qualquer outra, do contrário o próprio curso da sua existência estaria em risco. É interessante notar que isso não significa menosprezar os demais laços familiares, trata-se apenas de reconhecer qual a principal para que novas famílias sejam saudavelmente estabelecidas.

Assim o "deixar pai e mãe" dá a outrem a oportunidade de também terem um pai e uma mãe. Feliz é aquele que vê no seu cônjuge seu principal relacionamento familiar pois esse verdadeiramente descobriu o sabor desta invenção divina chamada casamento.