terça-feira, 2 de setembro de 2008

Lidando Com as Brigas e a Raiva no Casamento


Baseado no site pessoal do Pr. Carlos Ferreira da Igreja Adventista do Sétimo Dia (http://br.geocities.com/carlos2_br/).

Brigas constantes podem acabar com o casamento? As brigas podem contribuir para a melhoria da relação a dois? O que fazer para voltar a ter uma boa relação com o cônjuge?

Pesquisa da University College, de Londres, divulgada esta semana na revista científica Archives of Internal Medicine, aponta que brigas no casamento podem causar males cardíacos. O estudo analisou a rotina de 9 mil funcionários públicos britânicos durante 12 anos e concluiu que é melhor ficar solteiro, do que casado e brigando. Os casamentos problemáticos aumentam em 34% o risco de complicações cardiovasculares.

As brigas são normais e podem ser enriquecedoras, mas viver em pé de guerra não é saudável. Desrespeitar o outro, falar alto, ser agressivo e não estar disponível para ouvir são atitudes que podem comprometer a saúde de um relacionamento. A briga ruim é aquela sem propósito e que gera mágoa ou ressentimento.

Casamento pode ser bastante desafiador. É uma relação de duas pessoas diferentes. Diferentes quanto ao temperamento, famílias de origem com suas características diferentes, diferentes quanto a determinados gostos, etc. Parece ser importante haver o seguinte, para um casamento seguir bem: Respeito; Confiança; Paciência; Lealdade; Honestidade; Comunicação; Manutenção da individualidade (um não anular a sua pessoa para agradar o outro); Descontração; Sexualidade; Lazer; e Espiritualidade.

Quando surgem brigas (e em todos os casamentos surgir brigas vez ou outra é normal) que geram raiva, é importante aprender a lidar corretamente com ela. Se você a suprime, ou seja, joga-a para dentro de si mesma, você adoece. Um caminho é dirigir a raiva para o fato (ou o objeto) e não para a pessoa. Exemplo: se seu marido fez algo que a desgostou, ao invés de lhe dizer "Você é um desastrado!", o que estará atacando a pessoa dele, você pode dizer-lhe: "Quando você teve aquela atitude, fiquei me sentindo muito triste e desanimada, porque pareceu-me que você não ligou para a família." Veja que nesse exemplo você está desabafando, está falando daquilo que não deve ser jogado para dentro de si, mas não está atacando a pessoa. Desse modo, sua raiva pode ser expressa sem ferir o outro.

É bom lembrar que há as brigas produtivas e as improdutivas. As improdutivas nunca levam a conclusão alguma. Ambos terminam se agredindo, verbal e/ou fisicamente, não se consegue ouvir de verdade o que o outro tem a dizer. Ao passo que numa briga construtiva, quando ela termina, há alguma conclusão prática, por exemplo: o marido decide que irá pegar as crianças na escola, a mulher irá fazer as compras, etc.

O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com o mesmo cônjuge. O segredo no fundo é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. De tempos em tempos é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido.

Não importa quem tem razão ou não em uma briga. Não existem culpados num relacionamento. A relação amorosa é uma construção feita a dois e é preciso que cada um assuma a sua parcela de responsabilidade sobre os rumos do relacionamento.

O que fazer para contornar o problema das brigas?

É extremamente importante termos um momento especial, com um clima agradável e sem cobranças, para uma conversa honesta e de coração aberto. Quem sabe, um convite para jantar, cinema, estar juntos, ou outra coisa que você faria caso estivesse querendo conquistá-la no início do namoro. A comunicação é uma das formas mais úteis e funcionais de desenvolver a harmonia em uma relação. A idéia é colocamos os fatos que não nos agradam de maneira adequada e expor nossos sentimentos sem agressividade.

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