sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Jesus Nosso Exemplo Maior

Por Pr. Marcílio Hortênsio.
Igreja Presbiteriana Nova Esperança, Manaus-AM.

Texto base: Filipenses 2.1-11.

Introdução

Como entendemos o casamento? Como tudo em nossa vida, se não tivermos a mentalidade de Cristo naquilo que fazemos, não agiremos de acordo com a vontade de Deus. Cristo, portanto, é o nosso supremo model em todas nossas ações.

Nesse sentido, o texto que usaremos, ainda que aparentemente não tenha nada a ver com o casamento, nos municiará de princípios preciosos para nosso relacionamento matrimonial.

I. Para termos um casamento bem sucedido é mister pensar mais no outro do qe em si mesmos (v.5-6).
Esse foi o sentimento que houve em Jesus: (1) Ele se esvaziou de sua glória; (2) Despojou-se de sua majestade; (3) Sendo Deus Espírito, fez-se carne; (4) Sendo Deus eterno, fez-se homem; e (5) Sendo Rei dos reis, fez-se servo. Por que tamanha abnegação? Por que tamanho altruísmo? Porque ele pensou não em si, mas em nós.

Reflitamos: A prova de amor verdadeiro consiste em se entregar cabalmente ao outro. Casamento é uma forma de demonstrar o ser servo.

II. Para termos um casamento bem sucedido é mister servir ao próximo e não procurar agradar a si mesmo (v.7).

Jesus não veio para ser servido, mas para servir, ou seja, assumiu a forma de servo. A humildade de Cristo reprovou o orgulho dos discípulos. Sendo eles criaturas queriam a glória de serem servidos. Sendo Cristo Deus glorioso se ajoelhou para servir. Em uma de suas parábolas Jesus contou a história que ilustra bem os três tipos de sentimento muito comuns entre as pessoas, logo, entre os cônjuges também: A parábola do Bom Samaritano. Essa parábola nos aponta três tipos de pessoas ou de cônjuges.

O primeiro são os que vivem impiedosamente. Essa era a maneira de pensar dos extorquiadores, dos assaltantes. Essa maneira de pensar pode ser resumida assim: "O que é meu é meu, o que é seu, é meu também". O segundo grupo são os que vivem narcisistamente. Essa era a maneira de pensar do sacerdote e do levita, que pode ser resumida assim: "O que é meu é meu, o que é seu é seu". O terceiro, e último, são os que vivem altruistamente. Essa era a maneira de pensar do Bom Samaritano e que pode ser resumida assim: "O que é seu é seu, mas o que é meu pode ser seu também". O Samaritano viu, parou, se aproximou, pensou as feridas, carregou e pagou.

Casamento é para fazer o outro feliz e não egoisticamente "querer ser feliz". Amor sempre tem um custo (sacrificial). Amor não é sentimento, mas mandamento.

III. Para termos um casamento bem sucedido é mister o auto-sacrifício e não a auto-promoção (v.8).
Muitos casais estão prontos a servir, desde que isso não lhes custe nada. Essa é uma forma de pensar que não condiz com um servo de Jesus. Para nos servir, o Senhor Jesus sofreu sede, fome, solidão, abandono, perseguição, pobreza, escárnio, prisão, açoites e a própria morte. Portanto, se amamos de fato e de verdade estamos dispostos a nos sacrificarmos pela pessoa amada. Casamento assume o ônus e bônus. Um dos ônus é "superar os problemas juntos". É contar um com o outro, sempre. Se falhar no mandamento do amor, falharemos em todos os outros.

IV. Para termos um casamento bem sucedido é mister buscar a glória de Deus e não a nossa própria glória (v.9-11).
A Palavra de Deus nos diz que aquele que se exalta será humilhado. Porém, aquele que se humilha, será exaltado. Portanto, não é aprovado aquele que se exalta a si mesmo, mas a quem Deus exalta. Reflitamos: (1) A glória e o engrandecimento de um servo de Deus é que Deus seja engrandecido em todos os seus atos; (2) O fim principal do casamento não é riqueza, prestígio, conforto, mas glorificar a Deus; (3) Qualquer outra motivação é vã, é vazia, é vaidade.

Ouçam com bastante atenção: (1) Quando buscamos a glória de Deus Ele, em tempo oportuno, nos exalta; (2) Cristo se humilhou, mas Deus o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todo nome; (3) Cristo de ajoelhou para servir, mas agora Deus faz com que todo o joelho se dobre e confesse que Ele é Senhor; (4) As recompensas de uma vida de serviço não são todas obtidas aqui.

A história de Cristo não terminou na sepultura. Deus o ressuscitou. Deus o exaltou.

Conclusão
Façamos do matrimônio uma sacrossanta vocação, um instrumento abençoador de vidas, um instrumento de serviço ao cônjuge, um ministério para a glória de Deus!

Para discussão
Investir na vida do cônjuge mais do que na própria, pode não ser a mais "rentável" das propostas, mas certamente é a mais feliz e mais compensadora. No reino de Deus, maior é o que serve. No reino de Deus, ser grande não é ter muita gente ao teu serviço, mas servir a muita gente. No reino de Deus, mais bem aventurado é dar do que receber. No reino de Deus aquele que investe a sua vida na vida do outro a encontra, mas aquele que narcisistamente busca apenas o seu interesse, a perde.

Pergunto: Como tornar isso realidade em nossa relação matrimonial?

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